Nobre Povo

Nós, os portugueses, somos por história, cultura e tradição um povo individualista, preguiçoso, invejoso e muito autocrítico. Somos assim!
No dia a dia, não há momento em que não procuremos safar-nos à custa de tudo e todos, com pouco ou nenhum trabalho, admirando e invejando quem o consegue, mas sempre criticando esse tipo de atitude e característica. Somos derrotistas, conformados, preferimos lamentar e criticar a agir, até porque a acção pode não resultar e é melhor dizer que não se fez porque não existem condições do que dizer que se tentou, mas falhou. É esta a alma do português.
Mas, e este mas é importantíssimo, somos um povo de causas. E quando a causa é justa ou o momento é extremo parece que o Afonso Henriques desce em nós e aí respondemos: -presente! Somos os primeiros da barricada, os mais aguerridos, os mais lutadores, e mesmo poucos e baixinhos fazemos mais barulho que os outros. É lembrar as lutas da nacionalidade e da independência, Aljubarrota, os descobrimentos, a Restauração, as Invasões Francesas, a abolição da Escravatura, a República, o 25 de Abril, Timor. Quando a causa é grande lá estamos nós na frente da luta!
Ontem foi um desse dias.
O desafio era grande. Estava em risco, a saúde física e mental do país, a imagem interna e externa duma nação, tínhamos que agir e agimos.
Obrigado Selecção! Esperemos que ele já tenha cortado a barba!