terça-feira, 17 de março de 2009

A Chegada

Acorda estremunhado com o balanço da camioneta.
- Já chegámos?
- Não, estamos quase. – Responde o pai.
Olha pela janela, tentando identificar referências, enquanto os pais continuam a conversar. Mas de Lisboa só conhece as imagens da Ponte e da Torre de Belém, e essas, não as pode ver, pois estão longe, do outro lado da cidade.
Vê casas, muitas casas. Grandes, altas, não como as que conhecia na Aldeia. E a estrada, e os carros. Tudo é novidade a esta dimensão.
Depois de passar um grande jardim, uma rua muito larga com prédios grandes dos dois lados, e uma coisa grande, redonda de tijolo, a camioneta pára.
- Vá, vamos, chegámos!
E à saída da paragem, está o carro castanho do tio Afonso, pronto para os levar para a nova vida em Lisboa. Lisboa onde Nando irá conhecer Maria. Maria que lhe vai dar um bilhete de amor em resposta a uma pintura num muro.

1 comentário:

M. disse...

Tão lindo!!!!!!!!!!